ATRESIA DE ESÔFAGO
A atresia de esôfago (AE) é uma afecção congênita caracterizada pela interrupção do desenvolvimento do esôfago. O esôfago e traqueia no começo são uma só estrutura, entre a terceira e quarta semana de gestação eles normalmente se dividem pra formarem estruturas separadas, mas alguma coisa acontece neste momento e eles não se separam direito, fazendo com que o esôfago não seja formado com sucesso. Logo, a atresia de esôfago é uma doença congênita (ligada a uma falha na formação do feto) e não uma doença genética (transmitida pelo genes). Embora algumas crianças que tenham doenças genéticas como down, possam ter atresia. Por esta razão, até o momento, o fato de uma mãe ter um filho portador de atresia de esôfago, não aumentam as chances de, numa nova gestação, ter outro filho com atresia de esôfago. Logo as chances dos portadores de atresia de esôfago ter filhos com esta condição são as mesmas de qualquer pessoa.
A incidência de Atresia de Esôfago varia de 1:2500 a 4500 nascidos vivos. Estudos populacionais mostram uma discreta predominância de AE no sexo masculino com uma taxa de 1,2 sobre o sexo feminino. A chance de ocorrência de AE é maior em fetos na primeira gravidez, nas gestantes com idade avançada, com diabete melito e naquelas que sofreram exposição prolongada à droga tais como contraceptivos orais e talidomida. Anomalias cromossômicas ocorrem em 6,6% dos portadores de AE, sendo as mais conhecidas as síndromes de Patau, Edward e Down, respectivamente trissomias dos cromosomos 13, 18 e 21. A AE em 40 a 57% dos casos pode vir acompanhada de outras malformações, que podem ser: cardiovasculares, anomalias anorretais (ânus imperfurado), geniturinárias, gastrintestinais e de associação de VATER ou VACTE.